[Crítica] Coringa: Memorável de Joaquin Phoenix

Joaquin Phoenix entrega nos cinemas um "Coringa" memorável. Desde Heath Leadger que o cinema americano não via um Arthur Fleck instigante, enigmático e intenso. Vem Oscar 2020.


Coringa, Joaquin Phoenix, Cine Cinesa

Com direção de Todd Phillips (Se Beber, Não se Case!), Coringa ganha uma origem complexa, difícil de descrever, e enquanto, eu escrevia está crítica, as palavras me fugiam a mente. Com toda a complexidade trazida pelo roteiro, Phoenix soube encorporar o personagem e entregar nas telas do cinema uma interpretação digna, algo que desde "Batman e o Cavaleiro das Trevas" do diretor Christopher Nolan, o cinema não via. Obviamente com diferenciações, já que, nesta produção temos a origem de como o Arthur tornou-se o "Coringa", aclamado pela população de Gotham que necessitava de um "herói". 

Contudo, Coringa aborda muito além da origem deste personagem icônico do mundo dos quadrinhos da DC. Desde sua primeira aparição nos cinemas em 1966 com o ator Cesar Romero em "Batman: O Homem Morcego", a personalidade complexa e as  camadas do personagem não eram exploradas no cinema. Já que, a maioria das aparições do Coringa nos filmes, foram em produção que envolviam o homem morcego. Entretanto, a DC resolveu inovar e mudar o rumo de suas produções, já que, muitas não tem agradado ao grande público, tirando algumas exceções, como o recente "Aquaman" com Jason Momoa. Então, eis que, surge a notícia da pré-produção de "Coringa" com o ator Joaquin Phoenix (Johnny & June). E a escolha não poderia ter sido melhor, o ator conseguiu entregar um novo Arthur Fleck e Phillips vai além das expectativas do grande público e sua direção guia a trama para uma mistura de transgressão, violência e corajoso.

Coringa, Joaquin phoenix, Cine Cinesa

O roteiro em conjunto com o olhar da direção proporcionam uma visão que nós faz enxergar claramente a loucura do Coringa, ou melhor, de que as ações de Arthur seja justificável, assim como quase perdoáveis. Haviam momentos em que, acreditei em cada ação do personagem, sem imaginar que... (Não darei Spoiler)! Em cada mudança do personagem, fosse no olhar, ou nos movimentos, Joaquin Phoenix guia o telespectador como um maestro de um orquestra, brilhantemente. O ator foi muito além da mudança física, criando aquela risada que permanece na mente e provoca arrepios, nuances que fazem com que o telespectador não saiba o que vai ocorrer, qual será as ações do personagem. O trabalho de Phoenix é realmente entregue, ele consegue mergulhar nas transformações que o personagem sofre ao longo do filme, compondo e provocando espanto e admiração em grandes doses e em dosagens certeiras, sem exageros ou falta do mesmo. Na medida certa. 

Em poucas palavras eu definiria este longa como: Fascinante, brilhante e memorável. Assistam!

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